Patriarcado x Aborto
Existe uma grande confusão entre o machismo, com toda opressão que a cultura patriarcal trouxe nos últimos tempos e a legalização do aborto provocado.
As mulheres que comemoram e reivindicam o direito de abortar, na verdade, querem abortar a opressão, a desigualdade social, a violência sofrida por várias gerações de mulheres, o que é legítimo.
O aborto, nas ultimas décadas, tornou-se o ícone da luta contra essa opressão, patrocinada pelos ricos promotores do controle de natalidade, com máscara ideológica de vitória e liberdade.
Liberdade de quê? Vitória para quem? Lamentavelmente, a sufocação e as humilhações, geradas pela estupidez do patriarcado deixou marcas de desespero e medo nas mulheres; deixou raiva, reatividade, desejo de vingança e luta no movimento feminista, que copia o modelo de agressividade do machismo.
Essas feridas ainda estão abertas e cegam a obviedade da violência que é a o aborto na vida de uma mulher, na história de um útero, na energia vital de um corpo.
Para quem estuda e vivencia esse tema, é fácil encontrar mentiras estatísticas sobre a questão da saúde pública, falácias que repetidas copiosamente tornam-se verdades – a “fake science”. Por outro lado, para quem sente na pele as violências do machismo também é fácil compreender por que as pessoas acreditam nesses dados forjados por pesquisadores patrocinados e pela mídia, como caixas de ressonância.
É muito duro sofrer as dores de violências ancestrais e atuais. Mas será mais duro ainda assistir o mesmo patriarcado vencer com seu modelo tirânico de crueldade e reafirmar a banalização do útero e do corpo de tantas mulheres-amigas-irmãs através de um ato tão violento quanto perverso, como o aborto.
Precisamos de paz, Mulheres Vivas!
Precisamos de saúde, dignidade, valorização de nossas vidas! Precisamos de uma sociedade igualitária, respeitosa, acolhedora, responsável! Precisamos de amor incondicional, de irmandade, de fraternidade universal!
Precisamos de Mulheres Vivas!
"Meu útero não é um lugar para guardar medo e dor, meu útero é um lugar para criar e dar luz à vida"
(13o Ritual do Munay-Ki)
Luciana Lopes Lemos
Mulher Viva, Mãe, Médica Ginecologista Holística, Obstetra Humanizada, Terapeuta Homeopata.
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