Dia de profunda dor
Poucas vezes me sinto tão triste, tão sem energia quanto hoje. Sinto, na verdade, uma dor profunda pela perda de parte da nossa história, da minha história.
Estudei no Colégio Pedro II de São Cristóvão dos 9 aos 16 anos, e as idas ao museu eram frequentes; moro em São Cristóvão; atendo em São Cristóvão; sou diretora de uma Fraternidade que acolhe e cuida da população de São Cristóvão... difícil o dia de hoje para mim.
Como uma descendente de educadores, filha de sociólogos, sobrinha de biólogo que trabalhou no Museu muitos anos e prima de estudante que fez sua iniciação científica no Museu poderia estar?
Olhando para o museu hoje sinto uma parte de mim indo embora também, me dói profundamente.
Fica aqui o saudosismo de quem está embebida na psicosfera da perda do bairro Imperial e do país, e a reflexão de como tratamos a nossa história e do quanto ela tem a nos ensinar sobre quem fomos, quem somos e o que seremos.
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Luciana Lopes Lemos
Mulher Viva, Mãe, Médica, Ginecologista, Terapêuta Holística, Obstetra, Humanizada, Homeopata, descendente de educadores, moradora de São Cristóvão.